MAM 60 ANOS


Se de um lado temos o MASP, como um retrato fiel da cultura em nosso país, prejudicada por administrações incompetentes, interesses pessoais e descaso político, é uma grande alegria ver que de outro lado temos o MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo, que completará em julho sessenta anos com uma vida financeira saudável, público fiel e participação ativa na formação cultural brasileira.
Instalado no Parque Ibirapuera em São Paulo desde 1969, o MAM possui um acervo de 5.000 obras de grandiosa importância (1.000 delas adquiridas nos últimos 3 anos), realiza exposições que são sucesso de crítica e público, tem patrocínio efetivo de mais de 120 empresas e atrai anualmente 160.000 visitantes.
Por trás desse sucesso está Milú Villela, empresária e maior acionista da holding controladora do Banco Itaú, que assumiu o MAM em 1994 e com muito trabalho e seriedade o transformou no que ele é hoje.
Seis milhões de reais já foram gastos nas 4 exposições comemorativas que ocorrerão ao longo deste ano. A primeira, Panorama dos Panoramas, que terminou em 23 de março, foi uma retrospectiva com 101 obras incorporadas ao acervo do museu desde 1969.
A segunda, Quando Vidas Tornam-se Formas, de 10 de abril a 22 de junho, mostrará obras de artistas japoneses, reunidas pela curadora Yuko Hasegawa.
Dia 3 de julho será inaugurada a terceira e talvez mais esperada exposição do ano, Marcel Duchamp: uma Obra que Não É uma Obra "de Arte", com trabalhos polêmicos do artista como A Fonte (instalação que inclui um mictório) e a Roda de Bicicleta. Até 7 de setembro.
A quarta exposição será MAM 60 Anos, reunião de algumas das mais importantes obras do acervo do museu, incluindo obras de Flávio de Carvalho, Tunga, Ernesto Neto e Lygia Clark. De 16 de outubro a 21 de dezembro.

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