Duchamp, A Bicicleta e O Mictório


Em 1913 o dadaísta francês Marcel Duchamp revoluciona as artes ao apresentar sua escultura “Roda de Bicicleta” dando início ao “ready made”, a forma mais radical do seu fazer artístico batizado por ele como “objet trouvé”, a arte encontrada.

Nos anos seguintes Duchamp assumiria a postura anti-arte do aaísmo, abandonando a pintura e rompendo definitivamente com a arte tradicional, para dedicar-se ao que classificou como “arte retiniana”, uma reflexão sobre o culto ao instantâneo potencializado pela fotografia em contraposição à desconstrução analítica de Descartes.

Em 1917 Duchamp deixaria o mundo em choque ao apresentar para a exposição da Sociedade de Artistas Independentes de Nova Iorque a obra A Fonte, um mictório arrancado de um banheiro público e que ele assinou como R. Mutt. O pseudônimo se deve ao fato de ele próprio ser membro do comitê que faria a seleção de obras para a exposição.
A Fonte foi rejeitada mas, ao lado da Roda de Bicicleta, são ícones máximos da arte moderna. Até então, a arte era para ser sentida. A partir de Duchamp ela passa a ser pensada e o conceito, na maioria das vezes, tem igual ou maior valor que a obra em si.

As duas obras de Duchamp estão avaliadas em 3 milhões de Euros. Cada uma.
Frase de Duchamp: “Eu não acredito em arte, acredito no artista”.

Comentários

  1. Artigo muito bem feito, parabéns as pessoas envolvidas! 💖

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