Brincando de Ser Deus
A vida imita a arte e a arte imita a vida. A arte como forma de re-pensar o mundo à nossa volta, ou dentro de nós mesmos, é o meio de expressão de nosso olhar e nossos sentimentos sobre tudo. Arte é reflexão e reflexo. Tenho um amigo que sempre diz, brincando, que tudo o que ele não entende é arte. E essa brincadeira disfarça uma grande verdade. No resumo da ópera, a arte busca compreender a vida.
A obra do artista e escultor holandês Theo Jansen cria novas formas de vida a partir do estudo das já existentes. Ao contrário dos animais, seus "Strandbeests" são gigantescos esqueletos dos mais variados materiais, movidos por forças externas apenas. Não possuem nenhuma espécie de animus, embora estejam inegavelmente vivos.
Em constante e acelerado processo de evolução, as mais recentes versões dos "Strandbeests" de Jansen são comandados por primitivos cérebros artificiais, baseados em contagem binária, e que se movimentam usando elementos da natureza, como o vento.
Tão fascinantes de se observar quanto os animais realmente vivos, as criaturas desse artista que se auto-entitula deus, mostram claramente nossa perplexidade e necessidade de compreensão sobre nossa própria existência. É a arte buscando respostas para aquilo que não entendemos.
E talvez nunca venhamos a entender mas, certamente, chegaremos bem perto.
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