INNOCENTI: O Ilustrador de Clássicos
O ilustrador italiano Roberto Innocenti nasceu em 1940.
Aos 13 anos abandonou a escola e foi trabalhar em uma siderúrgica para ajudar a
família. Nas horas vagas, desenhava.
Autodidata, desenvolveu um estilo muito
próprio, rico em detalhes, dramático e com uma paleta de cores de extrema
delicadeza. Seu talento levou-o a Roma, onde foi trabalhar com cinema de
animação e posteriormente como ilustrador de cartazes e peças de teatro.
Em 1970 conheceu o artista norte americano John Alcorn
que o convenceu a ilustrar livros infantis. A primeira das obras primas de Innocenti
foi uma reinterpretação muito particular do conto Cinderela, de Charles
Perrault. O sucesso foi tão grande que ele tornou-se um devoto dos clássicos.
Na sequência veio Rose Blanche, em parceria com
Christophe Gallaz, e ambientado na Segunda Guerra Mundial, baseado em muitas
experiências da infância de Innocenti. Elogiado pela crítica por sua evasão de
sentimentalismo e pelas pinturas poderosas e realistas, só a personagem central
da trama aparece em cores vivas.
O tema ressurgiu em Erika Story, escrito por Ruth
Vander Zee, narrando a história verídica de um sobrevivente do Holocausto. Innocenti
ilustrou este livro usando técnicas incomuns, começando a história com desenhos
monocromáticos e que vão ganhando cor à medida que se aproxima dos tempos
atuais, refletindo a esperança e otimismo da personagem. Outro fator curioso é
que os desenhos são incrivelmente detalhados, exceto os rostos dos adultos.
O grande clássico de Innocenti são suas ilustrações
para o conto Pinocchio, de Carlo Collodi. Este livro deu a ele, segundo os
críticos, a fama de intérprete principal de Pinóquio. As cores e perspectivas
são impressionantes.
Essas e muitas obras de Innocenti fazem dele um dos
mais notáveis e premiados artistas contemporâneos, por seu estilo eloquente, dramático
e sempre surpreendente.
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